2022 – UM ANO INCOMUM

BLOG APNC

5/26/20223 min read

Este artigo foi escrito em abril de 2022, mais precisamente no dia 27. Ele deveria ter sido escrito e publicado logo no início de 2022, ou antes ainda. Mas, se assim tivéssemos feito ele entraria, provavelmente, no rol das “previsões”. Muito embora sejamos cautelosos quanto a isso.
Na verdade, lá no início de 2022 em publicações pessoais, eu tinha feito uma análise prévia do cenário deste ano e mencionei que seria um ano com possíveis ocorrências de grandes escândalos, principalmente nos cenários político, econômico e religioso.
Pois bem, vamos a uma análise interpretativa desse cenário proposto pelo ano 2022.
Em primeiro lugar, nós estamos no terceiro milênio de nossa era, regido pelo número 2. Significa que há necessidade de se mudar o paradigma que orienta nossas ações e nossa evolução no Mundo. O milênio anterior foi regido pelo número 1, que estimulou a competição; agora, não há mais espaço para a competição e precisamos nos orientar por um novo paradigma mais humanizado baseado em colaboração e compartilhamento. Este é o primeiro ponto a se considerar.
Segundo, vamos para a análise do ano. O regente do ano é o número 6, resultado da soma dos seus números – 2+0+2+2 =6. O número 6 estabelece um cenário propício às resoluções de conflitos nos relacionamentos em geral, à humanização do ser humano, ao desenvolvimento dos recursos que melhorem a vida humana.
Esta combinação de números 2 e 6 (ano 2022 cuja soma dos números resulta em 6) tende ainda à polarização com risco de exacerbações nos radicalismos. Considerando que o 2 representa a dualidade e que o 6 é o número do ser humano, nos é apresentado um cenário, quase sempre, carregado de emotividade. Isso pode fazer com que as discussões sejam tomadas por emoções e careçam de lucidez e razão.
Depois temos a formação do ano, composto pelos Arcanos 20 e 22 – O Juízo 20, e o Arcano 22 é o Louco potencializado, ou autorrealizado no Mundo. Esta é uma interpretação nossa, coerente de certo modo, mas que haverá quem a conteste visto que são muitas as interpretações expostas em livros e na internet sobre o Tarô.
Agora vamos retroceder ao ano 2020. Tivemos a expansão mundial da pandemia neste ano, apesar de ela ter sido detectada na China ao final de 2019. A ano 2020 é formado pelo duplo Arcano 20. Foi um cenário catastrófico, que nos fez refletir sobre muitas coisas e modos de viver. Foi também um chamamento para nos atentarmos aos perigos de continuarmos competindo, embora haja a bem da verdade que se considerar que houve avanços em parte da humanidade na mudança do paradigma. Mas não foi o suficiente, e as estruturas formadoras das bases políticas, econômicas e religiosas permanecem as mesmas, com pequenos arranjos de adaptação somente. O Arcano 20, o Juízo, aparecendo duplamente reforça esse chamamento para o despertar da consciência, colocando a morte diante de nós, assustadoramente. No entanto, ao que parece, mudamos muito pouco.
Então, tivemos uma breve trégua durante o ano 2021, como se fosse uma oportunidade de provarmos que mudamos. Mas não foi o que se viu, e tão logo as “porteiras” das restrições começaram a ser abertas, as multidões avançaram enlouquecidas a recuperar “o tempo perdido”. Salvo, evidentemente, aqueles que mudaram a mentalidade e a consciência, que são minoria ainda.
O ano 2022 poderia ser promissor, um cenário de possibilidades gigantescas em termos de progresso da humanidade, pois o Arcano 22 potencializa isso. No entanto, ele tem à frente o Arcano 20, o Juízo, como uma advertência de que, caso os sistemas continuem corrompidos, teremos enormes escândalos acontecendo.
Pois bem, o primeiro grande escândalo já aconteceu logo em fevereiro com a invasão russa à Ucrânia. Isso escandalizou o Mundo e mobilizou as nações a se posicionarem. Guerras deixaram de ser um bom negócio no Mundo globalizado.
Outros escândalos ainda vão estourar no decorrer do ano, principalmente os que envolvem corrupção. Alguns já aconteceram. Muitos outros poderão vir à tona ainda até o final deste ano. Especialmente no Brasil, que terá eleições presidencial e legislativas.
Portanto, sem fazer previsões e sem esbanjar modéstia, queremos alertar sobre os riscos que corremos de vermos “escândalos” muito mais graves ainda. Sabemos inclusive do alto risco de vir a ocorrer uma guerra mundial, que seria o fim de parte considerável da humanidade, especialmente no hemisfério norte planetário que ficaria inviabilizado para a vida devido à radiação, considerando que uma guerra mundial, se vier a ocorrer a partir dessa invasão russa à Ucrânia envolverá armas nucleares com certeza.
A nós, portanto, cabe refletir e trabalhar pela mudança do paradigma e nos irmanarmos em humanidade de verdade, não somente na forma, mas mais ainda como seres humanos humanizados.
Luìz Trevizani
Presidente da APNC